Brincando com as palavras: o meu canto tem vários cantos

O meu canto é rouco...

Meio calado...

Meio tresloucado...

Com uma definição imprecisa, afinal, quem precisa de tantos por quês?

O meu canto é a voz que se perde entre desejos e ilusões

Voz saciada por seus beijos e indo ao encontro de um romantismo em extinção.

O meu canto é como tantos outros cantos...

É o encontro de duas paredes frias que aconchega minha mobília

O meu canto é colorido, aquecido pela luz do abajur que repousa sobre a escrivaninha.

O meu canto é um criativo incompleto, cheio de folhas com versos inacabados, de poemas que um dia pensei em escrever...

O meu canto rouco se encontrou com o canto como todos os outros!

O poema sem rima, quase necrosado, que jazia no canto empoeirado, transmutou-se, quem diria?!

O canto, que é o encontro de duas paredes frias e estáticas, transformou-se no canto rouco que balbuciava uma melodia qualquer.

Acho que cantava a vida...

Danielle Faria
Enviado por Danielle Faria em 17/05/2011
Reeditado em 23/05/2011
Código do texto: T2974849
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