Castelo do medo.

Preso no castelo do medo,

Cego a distancia de um palmo,

A revolta destorcida enlouquece em dor,

Parado no paradoxo de um paradigma,

Ao seu lado o braço, a sua frente à mão,

No jardim à frente a rosa seca sem amor,

Palavras ao vento, ressoam em sua ouvida tormenta,

No raso a aparência vetusta,

No profundo a escuridão do desconhecido,

O desequilíbrio híbrido de passado e medo,

Tremulas mãos do pânico,

A janela aprofunda a distância,

O corpo desnudo de inocência,

Um teísta agnóstico sem fé em si próprio,

Olhando aos céus para encontrar seu chão,

Faz do castelo do medo, a complexa morada da solidão.

Leo Magno Mauricio
Enviado por Leo Magno Mauricio em 24/11/2006
Reeditado em 24/11/2006
Código do texto: T299906