Confusa
Sou tão confusa, e tão inexplicável.
Por vezes não entendo a mim mesma,
Por vezes, nem o mundo é capaz de entender.
Pareço tão estranha,
Mas estou assustada,
Comigo mesma, com o mundo e o tudo mais.
Fico tão perdida,
Não encontro palavras,
Porque me perdi de mim.
Perdi-me dos outros,
Do mundo,
Pareço e sinto-me estranha neste lugar.
Lugar metaforicamente inespecífico,
Lugar de todos,
Todo lugar,
Os lugares todos.
E fico perdida a procurar o que perdi,
A procurar a mim mesma
Neste lugar onde não encontro
Nem eu,
E nem sei o que procurar.
Nazaré-Ba
31 de maio de 2011
00h59min