Distorção

O ódio é o unico alimento consumido por minha alma.

As lagrimas já secaram, as feridas cauterizaram, o sol ja se pôs.

A paisagem morta a minha volta, leva-me a viver de joelhos.

O devaneio tardio afugenta antigos sonhos.

A pressa de viver, fez-me estacionar.

Todas as minhas distorções sociais se transformaram em fobias.

Todo o meu pessimismo, tranformou-me num ser de coração gelado, pois por medo de perder, deixei de lutar.

vejo sombras caminhando, pessoas me chamam, mas suas imagens estão desfiguradas, ouço gritos.

Larmurioso dia!

Deito-me na superfície suja, sinto meus póros entupidos de amargura, no momento que meu corpo se joga, sinto que o chão está quente.

Mas meu Deus, estou deitada em pedras de gelo!

funérea
Enviado por funérea em 25/11/2006
Reeditado em 25/11/2006
Código do texto: T301196