A beleza de uma poesia
A beleza de uma poesia
Não está só na fantasia
Das palavras escritas ou lidas
A beleza de uma poesia
Pode esconder-se
Sobre vários aspectos
A beleza de uma poesia
Pode estar na cor
De suas palavras,
Nas próprias palavras,
Nos pontos e nas vírgulas
Do seu próprio eu poético
Mas, sobretudo
A beleza de uma poesia
Pode estar na sua
Essência maior
Retratada pelo poeta
Que pode ser aquilo
Que o poeta extrai
Do mundo a sua volta
Ou o que ele joga para
Fora de si mesmo
Ou ainda, naquilo
Que ele não consegue
Expressar de nenhuma
Outra forma que
Não seja por meio
Das palavras escritas
Num pedaço de papel
A beleza de uma poesia
Está mesmo, no que ele
Consegue provocar no outro,
Seja por tirar dele um sorriso,
Ou seja, por causar
Nele um espanto
Quem sabe?
Se não pelo leitor
Encontrar-se,
Por um ver-se retratado
Na poesia lida,
Nas palavras ditas,
No sentimento roubado
Ou ainda no cair e rolar
De uma lágrima chorada
Ai está à beleza
De uma poesia
Se não houver
Está busca pelo poeta,
Sobre a essência de sua obra
Então, não terá a poesia
A sua beleza mostrada,
Nem sua essência revelada