A beleza de uma poesia

A beleza de uma poesia

Não está só na fantasia

Das palavras escritas ou lidas

A beleza de uma poesia

Pode esconder-se

Sobre vários aspectos

A beleza de uma poesia

Pode estar na cor

De suas palavras,

Nas próprias palavras,

Nos pontos e nas vírgulas

Do seu próprio eu poético

Mas, sobretudo

A beleza de uma poesia

Pode estar na sua

Essência maior

Retratada pelo poeta

Que pode ser aquilo

Que o poeta extrai

Do mundo a sua volta

Ou o que ele joga para

Fora de si mesmo

Ou ainda, naquilo

Que ele não consegue

Expressar de nenhuma

Outra forma que

Não seja por meio

Das palavras escritas

Num pedaço de papel

A beleza de uma poesia

Está mesmo, no que ele

Consegue provocar no outro,

Seja por tirar dele um sorriso,

Ou seja, por causar

Nele um espanto

Quem sabe?

Se não pelo leitor

Encontrar-se,

Por um ver-se retratado

Na poesia lida,

Nas palavras ditas,

No sentimento roubado

Ou ainda no cair e rolar

De uma lágrima chorada

Ai está à beleza

De uma poesia

Se não houver

Está busca pelo poeta,

Sobre a essência de sua obra

Então, não terá a poesia

A sua beleza mostrada,

Nem sua essência revelada

Marcello dos Anjos
Enviado por Marcello dos Anjos em 30/06/2011
Reeditado em 26/01/2012
Código do texto: T3066318