Prazer ao viver

Prazer ao abrir os olhos no amanhecer,

Ao cerrar pálpebras no anoitecer.

Refletem atos tão simples, no trato

Caseiro, maneiro, mas que são de fato

Prenúncio de dia e funções a cumprir.

Tentando, pensando, buscando diluir.

Nós são desfeitos, soluções razoáveis

Geradas de fatos que foram miragens.

Emaranhados de teias de fios enrolados

De formas difíceis torcidos atados

Quebra-cabeças no jogo da vida, na lida, até

Nos amores revelam-se dores, mas, de fato,

Compensam, nos fazem mais fortes.

Ou será o inverso nos tornam mais mansos,

Mais simples, consortes?