NO VERSO ME REVEJO

Se por pensar, ditames alcanço,

é porque no verso me revejo,

e a minha douta emoção voa longe,

ao encontro do poema perfeito.

No me sonhar, sonhar acordado,

sou do entressonho a realidade,

e no mar das minhas existências,

colho em meu peito, o livre arbítrio.

Pelo pensamento dito me realizo,

ser de critérios magnânimos,

e ao coração olvidado dou guarida,

numa mostra, talvez de amor.

Numa profusão, num todo liberal,

não esqueço que sou poeta,

e que a poesia, a si própria se diz,

como num olhar para as coisas.

Coisas que o pensar fundamenta,

explana, colhe e logo usufrui,

como se reparar não fosse abstracção,

mas uma repercussão de mim.

Jorge Humberto

24/08/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 24/08/2011
Código do texto: T3179391
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.