Poema de poesia antipoética...

Poderia ficar de artifícios artísticos os quais ocultam

A altiva arrogância e exibem elegantemente idéias

Ocultas repletas de mistério e obscuridade...

Poderia ser o poeta pedante de fala poetizada

A todo instante e transformar sentenças simples

Em coordenações complexas e me fazer de misterioso...

Poderia permanecer-me mais pomposo do que já sou

E ainda conseguir uma legião de pássaros pomposos

Que fingem serem humildes e são elitistas encubados...

Um grão de areia é evidentemente menor que uma montanha;

Se me perguntassem se o grão de areia é menor que a montanha,

Eu responderia que sim: porque é até muito óbvio. Lógico!

Ou eu poderia ser o papagaio palestrador de discurso

Moralista e motivacional em que se relativiza a questão,

Intelectualiza torpemente uma resposta e mistifica o contexto.

Ah! Mas, dependendo do ponto de vista, o grão de areia

É do mesmo tamanho de uma montanha; eu poderia dizer.

Com o direito a belas palavras e toda uma sabedoria modesta

Que faz questão de exibir essa desinibida humildade hipócrita...

Pena que não tenho muita paciência nem energia para desperdiçar

Com joguinhos de palavras baratas tampouco esteja a fim de

Dis-simular simplicidade e humildade através de cinismo prepotente...

Tenho meus próprios métodos para aplicar meu pedantismo...

Ignorar, se fazer de sonso, ou mandar a real são meios mais

Práticos para lidar com a realidade implacável diante dos meus olhos!

Nada mais chato do que ser verdadeiro e sincero! Sem joguinhos!

Sem truquinhos! Sem trapaças! Sem metodozinhos retóricos!...

É inútil tentar convencer alguém da verdade se insistem na mentira...

(Bhrunovsky Lendarious)

Poeta Lendário
Enviado por Poeta Lendário em 28/08/2011
Reeditado em 26/02/2023
Código do texto: T3186432
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