COMO SE FOSSEM MEL

Entre versos e rimas
palavras saem às pressas
e beijam o papel,
como se fossem mel.

Entre versos melados,
de beijos roubados,
açucarados,
faço poemas
endereçados
ao céu.

Sem saber ao certo,
espreito o que sai,
de dentro do peito.

Nem sei se serão bons
ou se terão defeito.

Mas sei que serão lidos,
sentidos,
esmiuçados
por olhos famintos
de palavras vãs.

Depois se adoçarão
ao sabor do vento,
lidos ao relento,
na brisa das manhãs.

By Angela Ramalho
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