A voz do poeta

Como um brado forte que toca a alma

no silêncio aparente na fúria ou na calma

o que faz sentimento em verso e canto

dissolve o amor em palavra e pranto.

Lástima perene amordaça o passado

parando o tempo naquele momento

grito eloquente um sonho divino

ecoa na mente o badalo de um sino

Registro maligno, seu câncer profundo

metal valioso, maravilha do mundo

da dor tatuada em folha e escrita

pintura ilusória, imagem restrita

Pobre poeta da dó sua tristeza

Eterno pedinte, coração e beleza

mais falta faria sem sua poesia

apesar da angústia ela nos da alegria

marquesK
Enviado por marquesK em 07/07/2005
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