A voz do poeta
Como um brado forte que toca a alma
no silêncio aparente na fúria ou na calma
o que faz sentimento em verso e canto
dissolve o amor em palavra e pranto.
Lástima perene amordaça o passado
parando o tempo naquele momento
grito eloquente um sonho divino
ecoa na mente o badalo de um sino
Registro maligno, seu câncer profundo
metal valioso, maravilha do mundo
da dor tatuada em folha e escrita
pintura ilusória, imagem restrita
Pobre poeta da dó sua tristeza
Eterno pedinte, coração e beleza
mais falta faria sem sua poesia
apesar da angústia ela nos da alegria