Um bebado boêmio

A lua bóia entre o horizonte e o mar

As estrelas brilham no damasco elegante

Vejo vermelhas rosas adormecidas

O vento sopra zunindo nos quatro cantos

O cheiro suave e leve do sereno da madrugada

A garoa fina faz companheira

Caminhando sozinho de volta para casa

A vida se tornou muito fácil de repente

Meu paletó suado e molhado

Minha gravata despadronizada

Percebo nesta noite que para ser um homem de verdade

Não preciso de dinheiro

Preciso do amor eterno

E de estórias inexplicáveis

Com uma garrafa de vinho me afogo nos braços do acaso

Muito sexo sem amor

Muitos prazeres vagabundos

No descompasso desconcertante

Vou seguindo o meu caminho

No final!

Sou bêbado, mas sou elegante...

Daniel Macedo
Enviado por Daniel Macedo em 23/12/2006
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