Um bebado boêmio
A lua bóia entre o horizonte e o mar
As estrelas brilham no damasco elegante
Vejo vermelhas rosas adormecidas
O vento sopra zunindo nos quatro cantos
O cheiro suave e leve do sereno da madrugada
A garoa fina faz companheira
Caminhando sozinho de volta para casa
A vida se tornou muito fácil de repente
Meu paletó suado e molhado
Minha gravata despadronizada
Percebo nesta noite que para ser um homem de verdade
Não preciso de dinheiro
Preciso do amor eterno
E de estórias inexplicáveis
Com uma garrafa de vinho me afogo nos braços do acaso
Muito sexo sem amor
Muitos prazeres vagabundos
No descompasso desconcertante
Vou seguindo o meu caminho
No final!
Sou bêbado, mas sou elegante...