Idéias filosóficas

Não, nada sei! E só sei que não sei porque penso

E se agora estou pensando não saber, logo existo

A caverna escura é o lugar onde me falta o senso

Para enxergar que a luz é o real em que persisto.

Existindo, penso, pois, na cavernosa escuridão

A iluminar, consciente, minha busca impensável

Pelo cálice sagrado do divino ideal de perfeição

Para livrar-me desta clara realidade dispensável.

Este cálice me seria, como foi a Galaaz, o Graal

E nele beberia o sumo do néctar do uno coletivo

Ou a ambrosia dos deuses olímpicos e ser imortal.

Mas, repentinamente, um negrume se acende vivo

Abrem-se as cortinas e, meu olhar, surpreendido,

Vê, apesar da claridade que tudo está desconhecido.

Cícero

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 31/10/2011
Código do texto: T3309087
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