A obra de arte
Diante da obra de arte
Contempla-a primeiro
Apreende a essência de sua prima parte,
A beleza, e silencia lisonjeiro.
Depois, passado o choque do espanto,
Capta o racional de sua emoção
Decompondo-a canto a canto
Para preencher o vazio ignorante da razão.
Mas a obra de arte despedaçada
Perde a beleza e a magnitude
Vira colcha de retalhos descosturada.
Só no todo a obra tem virtude
E sempre que é por nós reconstruída
Perde o brilho, embora ganhe outra vida.
Cícero – 19-03-2011