Vida alguma estrada

Há algum tempo atrás, sentia que tinha tudo

Hoje sei que não poderei ter nada

Meu caminho não tem chegada,

Minha vida é trânsito

Não há nada pronto, sem destino traçado

Nada, nada ficará

Mas eu fico, fico triste às vezes

com medo desse chão que se move feito areia

engolida pelas ondas do mar

Mas não me tira o prazer de caminhar na praia

Já que nada mesmo é para sempre, quem quiser estar comigo

que esteja agora

Senão, vá embora

Em tantas curvas de estradas perigosas

A gente se esbarra, se choca

acelera, pisa no freio

Desvia, capota

Mas não sabe, nunca mesmo

onde se pode chegar

Fogo Selvagem
Enviado por Fogo Selvagem em 08/11/2011
Reeditado em 08/11/2011
Código do texto: T3324525
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