Fugas
Sempre há quem fuja de algo
por medo do incerto futuro,
mas o destino é caçador que nunca falha
e meras presas que somos
sempre em suas armadilhas caímos.
Há sempre também os que fogem de si mesmo
e sofrem sempre
por não conseguirem desvencilhar-se
daquilo que os caça.
Por fim, há os que nunca fogem
e tudo enfrentam de peito aberto
e mesmo esses que nada temem
fogem, na verdade,
do medo de ter medo.
Cícero – 16-12-09