O sono
Sublime e perigoso instante
Onde o organismo descansa suas funções
E o espírito voa errante
À procura de variadas emoções.
São os sonhos, estes vôos espirituais
Que pesadelo ou felicidade
Trazem à realidade
Impregnando-nos de crenças naturais.
Ao o sono tranquilo observar
Vê-se a face feliz e o riso adormecido
De quem está bem a viver e a amar
E parece estar seguro do momento vivido.
Sonos tranquilos, sonhos bons
Pena nem todos serem assim
Outros têm sono ruim
E o espírito no vôo tem ruidosos sons.
O sono é o descanso do corpo e da alma
E o sonho é o reflexo às vezes da vida
Mas um espírito sem paz e sem calma
Não pode ter o descanso e a paz merecida.
Em consequência sonhar não pode
E um espírito sem descanso
Enche-se todo de ranço
E a si e a todos perigosamente sacode.
Dai, oh, Deus, Pai universal
A paz que queremos e pela qual lutamos
E um sono tranqüilo a todo ser natural
Permiti, pois por Ti e Contigo sonharmos.
Cícero