Todo poema é uma dor silenciada

(O que sinto agora

Não o que realmente sinto

Mas o que consegui traduzir

Para linguagem humana...)

Todo poema é uma dor silenciada

Pelo menos os meus

É conversa de ninguéns

Em que o único ouvinte sou eu...

Por isso não sei se é certo

Chamar assim esses textos

Poesias? Realmente o são,

Se assim o for

Porque não se chama solidão?

Não sei o que inventaram os homens,

Foi uma forma de comunicação?

Será mesmo que uns aos outros

Entendem-se, ou é só confusão?

Porque não sei como mostrar

O que sinto,

Mas se o faço não é o que sinto não,

Apenas a sombra de uma sombra

Do que sinto um misero borrão...

E assim cada um sente

De acordo com a vida que teve

De acordo com a vida que tem

De acordo com a vida que sonha

Quando ler os versos de alguém...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 03/01/2007
Reeditado em 04/01/2007
Código do texto: T335715
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