A dor de Cristo

Olho num quadro, na parede pendurado,

A face de Cristo, compassiva e piedosa,

Lembro-me de cada cometido pecado

E que a penitência é sempre penosa.

Mas diante da Sua, minha dor é pequena

Posto que a Dele é de toda a humanidade

E mesmo assim Sua face resplandece serena

Enquanto a minha é toda infelicidade.

Eu, porém, não tenho de o mundo salvar

E minha dor, por maior que seja ela,

Há de passar como avião ou caravela.

Enquanto a dor de Cristo nunca há de acabar

Pois se morreu para salvar do Pai a criação

Por mais que se faça, esta não tem salvação.

Cícero

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 07/12/2011
Código do texto: T3376707
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