Distorção

Hoje, quando me olhei no espelho do banheiro

Não foi minha imagem ali refletida

Que vi! Foi uma imagem distorcida

Que se me mostrou de primeiro.

Assustado com aquele horrendo reflexo

Semelhante a um quadro dadaísta-surreal

Que sem pensar em nenhuma razão ou nexo

Fechei e abri os olhos de forma gradual.

O que vi então, encheu-me de felicidade

Pois apesar de algumas marcas temporais

O espelho mostrava-me a mim de verdade.

Virei-me! Já cumprira as obrigações matinais

Vesti-me e saí como qualquer cidadão

E na rua olhos abertos para tanta distorção.

Cícero

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 08/12/2011
Código do texto: T3379081
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