Castigo

Quando caem as folhas no outono

Mais fortes elas ficam no inverno

É a reflexão provocada pelo abandono

Que faz compreender a inexistência do eterno.

Pena que não têm os humanos

Tão profundos momentos de busca interna

São frágeis seres, vítimas dos próprios enganos

Que não vêem o viver como claro-escuro numa caverna.

Há os que vislumbram no conhecimento

Um meio de sobrepor-se às pessoas

Esquecem que o saber vai além de um momento

E que não se domina, não se possui, não aceita coroas.

Por fim, somos todos efemeridade

E se buscarmos o próprio umbigo

Não conquistaremos nunca a felicidade

E o repúdio e a incompreensão serão o castigo.

Cícero – 16-12-04

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 11/12/2011
Código do texto: T3384009
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