DESPEDIDA
Como um pesadelo sem fim,
Venho lutar contra a vontade de sumir,
E num momento breve vejo que em mim,
Existe um ser que não quer sorrir...
Nesta despedida triste e tenebrosa,
Passa-se um filme de vida ao tempo,
E no meu mais leve passatempo...
Deixo negra a vermelha rosa...
E com os olhos chorando sangue,
E as mãos tremendo com dor,
Sinto correndo nas veias... um amor...
E me desmanchando no chão... rolar... o meu temor.
Me despedindo de uma atenção não dada,
Eu vou sofrendo tendo o não como espada,
E meu esculdo, liberdade maltratada,
Minha esperança é a carta não jogada.
Me despedindo sigo em frente a gritar,
E me engano tentando me confortar,
E nessa história quem poderá saber,
Que a despedida é por não querer viver.
E a raiva triste...
Me visitou...
E os sonhos morreram...
Quando acabou.