Entre o Entremente

Tenho uma alma aventureira e um coração imprudente

À beira do vento lanço meu amor, amor vermelho

Tenho uma liberdade incontida dentro de um corpo disciplinado

É uma intensidade sutil que me faz debruçar na encosta para sentir a força adversa do vendaval que impeli meu corpo e fixa meus pés na planície segura.

Tenho um olhar disperso que oculta uma sagacidade que serpenteia as entrelinhas invisíveis de paisagens vivazes e mórbidas.

As entrelinhas invisíveis cravam em agulhas metafóricas e costuram as paisagens silentes.

De pesponto em pesponto os olhares e os ouvidos que nada ouvem apreendem o silêncio que se tornou dito.

A linha, agora, contínua extasia-se de sentidos.

E tudo faz sentido... Tudo que há entre o coração, a alma e as entrelinhas.

Sempre há o entre!

Entrementes...

Danielle Faria
Enviado por Danielle Faria em 01/01/2012
Reeditado em 01/01/2012
Código do texto: T3417256
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