O Tempo

O tempo do dia nos arrasta para a noite,

Onde alguns entram no tempo de descanso,

Ou das paixões sob lençóis, em meio

À chamas sobre as camas.

A noite também trás o tempo das dores,

Dos solitários, sofredores,

Por amores não correspondidos.

Tempo dos poetas vazios de sono,

Mas cheios de inspirações.

Tempo de escrever às suas almas,

As suas alegrias e melancolias,

De demonstrar com palavras

Toda sua sensibilidade e beleza,

Transformando em arte através de poesias,

Toda forma de felicidade ou tristeza.

Para mim e para muitos, o tempo da noite

Nos leva para a boemia,

Onde a poesia está nossos pés,

Sim! Nos pés de quem dança,

De quem balança na fantasia

No ritmo da música, e... a noite vira criança.

Pois a música também tem seu tempo,

E dentro do tempo da música,

Sacudimos a poeira,

Ocupamos os espaços das pistas,

Traçando lindos poemas.

Com as solas dos nossos sapatos,

Poetamos a noite inteira.

O tempo da boemia nos arrasta para o amanhecer,

Para uns é tempo de descansar, para outros, de batalhar.

Mas para todos é tempo de relembrar

O tempos de amores, de poesias, de boemia,

De dança e fantasia,

É tempo de renascer, reviver tudo outra vez.

Pois viver, é ter tempo para fazer tudo igual,

E ter a malandragem e ousadia para fazer de formas diferentes.

Viver é ter tempo para a poesia,

Para dançar, e correr em busca de alegrias.