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(imagem retirada do google imagens)
 
Infância
Sem esperança
Judiada, maltratada
Molestada
Infância danificada...
 
Adolescência
Sem decência
Sem querer, sem vontade
Medo da liberdade
Sentindo-me ainda agrilhoada
À criança machucada...
 
Adulta
Formando uma corrente
De mãos dadas à mim mesma...
 
Eu semente
     Eu demente
          Eu descrente
               Não sou bicho
                    Nem sou gente
 
Cada parte de mim
Forma um elo sem fim
Um fio condutor
Que do presente ao passado
Faz do meu corpo um traslado
 
Nos volteios dessa vida
Tenho muito a agradecer
Ainda estou viva
Mas sem vontade de viver...
 
Ladeada de tristeza
Tenho medo de morrer
O pior de tudo isso
É esquecer o compromisso
Sem dar conta e sem dar fé
Que por tudo que passei
Eu ainda estou em pé...
Queria voltar pra mim
Esquecer o começo
Viver o meio
E não pensar no fim...