Após a tempestade
Não se deve aos outros culpar
Por tudo o que conosco acontece
É fraqueza de quem não quer lutar
E a covardia ao espírito enfraquece.
Somos responsáveis por nossos atos
E atraímos tudo aquilo que nos atinge
Nem involuntariamente se foge dos fatos
Pois o destino é real, nunca finge.
Em nós o amor constrói residência
E o acompanha por vezes a paixão
Mas sem a necessária paciência
Insegurança e ciúme invadem o coração.
Cegos mesmo à mais clara realidade
Surdos aos avisos da consciência
Apagamos o brilho da felicidade
E emudecemos diante da demência.
Cegos, surdos e de ciúmes dementes
Fugimos ao racional e ficamos sem norte
Pensando regar, sufocamos as sementes
E inevitavelmente chega-nos a morte.
É preciso aceitar as coisas do seu jeito
Nada recebido é nosso, tudo nos é dado
Mesmo quem guardamos em nosso peito
São presentes de um Deus abençoado.
Por isso, busquemos a paz interior
Mantendo sempre bondade e esperança
Confiando cada vez mais no Amor
Porque após a tempestade vem a bonança.
Cícero – 24-01-2012