Alma e carne

Vós que da carne sois amantes

Atentai bem ao meu aviso

Em atos pérfidos e decadentes

A carne aos poucos perde o siso.

Em vez da carne amem a alma

Pois a carne é frágil e putrefata

E a alma feliz é calma

Inexistindo faca que a rebata.

Enquanto a carne cede ao gume

E a este dá o sangue para beber

A alma feliz nas trevas é lume.

Não falo da alma que odeia e se entristece

Porque esta só sabe sofrer

Igualando-se à carne que fenece.

Cícero – 14-11-97

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 24/01/2012
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