Minha boa e velha poesia

Nada do amanhã

Realmente vale a pena.

Durmo e não me importo;

Se acordar quando hoje me envenena.

Inebria meus sentidos

A incerteza do que virá.

Não é medo. Não é receio.

Sobretudo, encoraja-me a continuar.

Em frente, sempre em frente.

Enxergando o que puder.

Lutando contra o bem

Se assim quiser.

Os males me protegem,

Defendem a mim e regem.

Dos seus olhos cínicos,

Que por ventura me perseguem.

Não caio. Não paro. Não rastejo.

Se por hora saio de cena

É porque na minha boa e velha poesia

Reencontro meu rastro e deixa minha alma serena.

Um velho novo eu.

Um novo velho amanhã.

Trago comigo na boca amarga

O desgosto de uma podre maçã.

Obstáculo não há.

Não vejo. Não ouço. Não temo.

Melhor assim.

No meu caminho sou supremo.

Rafa Mendonça
Enviado por Rafa Mendonça em 24/01/2012
Código do texto: T3459836
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