palavras para o ar

Talvez a poesia não seja a minha carne definitiva.

Talvez seja uma pele que permanece um tempo que depois sai, na altura certa.

Talvez a minha força esteja no meu cabelo e não na poesia.

Talvez seja melhor cortar a poesia da minha cabeça.

Talvez faça um daqueles penteados à skinet e fume uns charros feito de palavras verdes.

Talvez não seja vaidosa ou radiosa como dizem os concursos

quando, na verdade, carrego a poesia desfalecida nos meus braços.

©Ana Maria Soares da Costa

12 de Janeiro de 2007

Ana Maria Costa
Enviado por Ana Maria Costa em 16/01/2007
Código do texto: T348702