LENÇO MOLHADO

Na bolsa eu trazia o lenço molhado

Tantas lágrimas derrubadas

Era um tempo tão ruim

O tempo de chorar sem fim

Tempo dolorido

Lembrar não faz sentido

Mas hoje lembrei

Lembrei tanta coisa que não devia lembrar

Coisas que não podem e nem devem mais me machucar

Lembrei porque alguém tocou na ferida

Ninguém tem o direito de julgar a nossa vida

Ninguém conhece nosso caminho

Aparentemente sim

Mas o que está lá no fundo d’alma somente pertence a nós mesmos

Lenço molhado... passado

Ninguém tem o direito de tocar no intocável

Ninguém tem o direito de falar do que não conhece a fundo

Ninguém conhece o nosso “mundo”

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 17/02/2012
Código do texto: T3504482
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