Degraus... Poesia, subir ou descer

Queria muito ser mais tênue e menos denso que o normal...

Mas simplesmente os gritos e espíritos

Que me ecoam a mente não me deixam quietos

Essa dor que me invade a alma, em dias e dias de calma

É mais forte que tudo que já senti durante toda minha vida

E quando eu menos espero, estou cá, lápis e papel a mão

E como uma máquina eu começo a rabiscar o papel,

De coisas que me saem a mente e que talvez nem minhas sejam

Penso que é sensibilidade demais tocando a alma da gente,

Por isso não consigo frear esse meu instinto louco

Então tenho que fazê-lo, a toda hora

Porque tenho medo de ficar como um insano

Ou pior que isso, depressivo demais

Para viver minha própria vida de eremita urbano

Trancado em meu mundo, atormentado por um futuro incerto

Agora mesmo, não consigo me desvencilhar,

Concluir aquilo que talvez nem meu seja

Palavras que o vento nunca mais irá levar

Porque, elas deixaram de se tornar só palavras ou idéias abstratas

E passaram a ser o registro de minha alma atormentada pelo encantamento

De conseguir escrever mais uma bela poesia que me renove em mais um dia de vida

Marcello dos Anjos
Enviado por Marcello dos Anjos em 21/02/2012
Código do texto: T3511021
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