Degraus... Poesia, subir ou descer
Queria muito ser mais tênue e menos denso que o normal...
Mas simplesmente os gritos e espíritos
Que me ecoam a mente não me deixam quietos
Essa dor que me invade a alma, em dias e dias de calma
É mais forte que tudo que já senti durante toda minha vida
E quando eu menos espero, estou cá, lápis e papel a mão
E como uma máquina eu começo a rabiscar o papel,
De coisas que me saem a mente e que talvez nem minhas sejam
Penso que é sensibilidade demais tocando a alma da gente,
Por isso não consigo frear esse meu instinto louco
Então tenho que fazê-lo, a toda hora
Porque tenho medo de ficar como um insano
Ou pior que isso, depressivo demais
Para viver minha própria vida de eremita urbano
Trancado em meu mundo, atormentado por um futuro incerto
Agora mesmo, não consigo me desvencilhar,
Concluir aquilo que talvez nem meu seja
Palavras que o vento nunca mais irá levar
Porque, elas deixaram de se tornar só palavras ou idéias abstratas
E passaram a ser o registro de minha alma atormentada pelo encantamento
De conseguir escrever mais uma bela poesia que me renove em mais um dia de vida