Sou

Sou alguém que nunca morre

Um gafanhoto de idéias, e projetos

Faminto para expor,

Escrever ou colocá-los em ação

Ação de vê-los orquestrados,

Ritmando como notas musicais

Que embalam o corpo humano

Como as ondas do mar

Que vão e vem sem parar

Num ritmo frenético infinito,

Que trás conchas ou estrelas do oceano

Cobrindo as areias do mar

Ou mesmo como o próprio céu de deus

Carregados de estrelas a cintilar

Sou um predador de consciência,

Sou devorador de sentimentos de amor,

De paz, de alegria ou de tristeza

Sou aquele quem acredita

Que os que nos consome como gente

É a nossa desestruturada desorganização social

É resistência demais a nossa, esperar o inesperado

São meus gritos reprimidos na garganta guardados

Silenciando uma boca de salvação, sedenta para trovejar

Palavras de afronta e coragem, incriminando...

As mazelas e as desigualdades urbanas e sociais

Que não tem dó do mendigo sem uma cama para descansar

Ou do órfão que dorme sem o peito para mamar

Sou antes um menino homem, de coração puro

Infelizmente contaminado pelos desejos do mundo

Mas cheio de esperança por um novo futuro

Sou alguém que nunca morre,

Sou eu mesmo, atrás da tua alma,

Sou eu, um poeta de outro mundo

Querendo apenas saciar minha fome

Marcello dos Anjos
Enviado por Marcello dos Anjos em 26/02/2012
Código do texto: T3520685
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