HUMANIDADE?

HUMANIDADE?

A margem da sociedade

Vive grande parcela da humanidade

Sobrevivendo de migalhas parcas

Que lhes atenuam as marcas

Outra parcela vive na superfície

Pensando ser muito importante

Para a grandeza da espécie

Mas não passam de rastejantes

Há ainda aqueles que afundam

Nos vícios e torpezas do mundo

Na lama chafurdam

Seu ser e viver imundo

Poucos são os que se aprofundam

Na essência do existir

Que com grandes préstimos inundam

E aplacam a dor do presente e do porvir

Assim é o nosso cotidiano frio

Tal qual um grande rio

Na superfície, nas margens

nos lugares fundos, nos profundos

Inundando vargens

Procurando pelos vales

E tentando desaguar nos mares

Do coexistir sem males

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 27/02/2012
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