HUMANIDADE?
HUMANIDADE?
A margem da sociedade
Vive grande parcela da humanidade
Sobrevivendo de migalhas parcas
Que lhes atenuam as marcas
Outra parcela vive na superfície
Pensando ser muito importante
Para a grandeza da espécie
Mas não passam de rastejantes
Há ainda aqueles que afundam
Nos vícios e torpezas do mundo
Na lama chafurdam
Seu ser e viver imundo
Poucos são os que se aprofundam
Na essência do existir
Que com grandes préstimos inundam
E aplacam a dor do presente e do porvir
Assim é o nosso cotidiano frio
Tal qual um grande rio
Na superfície, nas margens
nos lugares fundos, nos profundos
Inundando vargens
Procurando pelos vales
E tentando desaguar nos mares
Do coexistir sem males