Humanidade

A companhia sempre te afasta

De um destino e um sol nascente

Até a hora de sua morte imponente

É uma única má escolha que te arrasta

Teu humano olhar nefasto

Mantém-me desimpedido de qualquer ilusão

Aflitos veem o universo caindo em completa abjeção

Em silêncio me descuido e me afasto

Estamos já sem fé, sem rumo, sem ação

Não é possível imaginar um novo mundo

Acostumados a consumir um reles entorpecente nauseabundo

Em alguns decrépitos movimentos de abstenção

Temos tudo aquilo que podemos comprar

E falsos amigos que nos dizem tudo bem

Somos do futuro a esperança que restar

Buscamos no mal o que nos esteve muito além.

Luiz Henrique Santos
Enviado por Luiz Henrique Santos em 02/03/2012
Código do texto: T3531365
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