FANTASMAS

FANTASMAS

Quem são as sombras que me acompanham

Que vivem a me assombrar

Que me atormentam a existência

E das quais não consigo me livrar

Quem sabe são meus pecados carnais

Quem sabe os espirituais

A cada dia sei menos não mais

Assim viver já é demais

Quem sabe a covardia

De me mostrar por inteiro

Seja o sombreiro

Que dá sombra a minha letargia

Quem sabe a mesquinhez

De guardar a sete chaves

Nas horas chaves

A minha lucidez

Quem sabe a minha pretensa sapiência

Que tento divulgar

Fazendo-me dono da ciência

Tentando a todos impressionar

Quem sabe seja o meu ser

Sem saber como estar

Que imagina ter

E não precisa imaginar

É um sombreamento constante

Que sol algum consegue penetrar

Porque este ser dito pensante

Jamais vai deixar luz entrar

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 04/03/2012
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