FANTASMAS
FANTASMAS
Quem são as sombras que me acompanham
Que vivem a me assombrar
Que me atormentam a existência
E das quais não consigo me livrar
Quem sabe são meus pecados carnais
Quem sabe os espirituais
A cada dia sei menos não mais
Assim viver já é demais
Quem sabe a covardia
De me mostrar por inteiro
Seja o sombreiro
Que dá sombra a minha letargia
Quem sabe a mesquinhez
De guardar a sete chaves
Nas horas chaves
A minha lucidez
Quem sabe a minha pretensa sapiência
Que tento divulgar
Fazendo-me dono da ciência
Tentando a todos impressionar
Quem sabe seja o meu ser
Sem saber como estar
Que imagina ter
E não precisa imaginar
É um sombreamento constante
Que sol algum consegue penetrar
Porque este ser dito pensante
Jamais vai deixar luz entrar