ESTRANHO

É estranho estar aqui a deslinhar,

Poesia que lembra e não quer confessar,

Onde esteja eu tenho que lhe lembrar...

E pensando em ti, ao menos querer-te falar...

É estranho como o tempo passou,

Olhando este canto, vejo tudo partir...

Meu ânimo ainda é o mesmo... ainda restou...

Mas e amanhã? Quem há de ir?

Eram-mos uma família, e agora cada um... a um...

Vai seguindo sua vida, esquecendo de mim,

Sinto a dor que é fraca e aumenta com o som,

Das teclas se afundando... será esse o fim?

É estranho me importar com o instante,

Momento que passa e nem se lembra mais...

Mas me senti no conforto, e procuro os amigos... constante,

Percebo que se foram e não voltam jamais.

É dificil aceitar... estranho me entender.

Mais uma poesia eu tento escrever.

Algumas palavras hão de vir me preencher...

Mas há aquelas que não chegam... mas não posso esquecer.

É estranho... muito extenso...

Um livro daria para contar...

Mas escrevo na poesia-pensamento...

Minha dor por vê-los me deixar...