O POEMA É! . . .

O poema pode ser qualquer coisa,

Sem depender de quem o escreve,

Mas, sim, de quem o lê.

Cada um empresta a visão do que vê

Interpreta e sente diferente

Dentro da sua realidade pressente

Pode ser uma jóia preciosa,

Leitura suave e leve,

Odor de rosas em buquê.

Ou apenas uma pedra qualquer

Que atravessou o seu caminho

Se o espírito estiver em desalinho

O poema é plástico e moldável,

Com ou sem rima,

Um soneto, ou forma alguma;

Amolda sentimentos em espiral

Assenta e colore movimentos

A depender da sua sensibilidade

Ele flutua no ar, se mimetiza,

Escondendo o seu sentido fácil,

Nem se percebendo, se de alegria ou tristeza.

É construído de fragmentos

Alojados nas gavetas da sua psiquê

Libertos são depois expostos

O poema é sempre verdade.

O poema é! . . .

O poema sempre traz

Mensagens decodificadas

Que saem de dentro pra fora

E retornam de fora pra dentro

Para as trevas, claridade;

Fruta colhida no pé,

Alimento que, à alma, satisfaz.

Percebe-se a luz pela sua intensidade

Na doçura dada pelo toque refinado

Qual fonte cristalina que brota e jorra

O poema é o ápice da inspiração,

Um átimo que perpassa a vida,

Fazendo ótimo, o que já era bom

Mistérios das artes mais sublimes

Que se entrelaçam como ramas

Músicas que acalmam ou inflamam

Remediando ânsias, desnudando a ilusão:

Cornucópia, única, repleta de graças infindas;

Dos deuses – a poesia – é o mágico dom.

Calmante que se transmuta em alucinógeno

Há muito que se estudar sobre o fenômeno

Ao certo... Apenas que sai pelas janelas da alma.

Duo: JL Semeador & Hildebrando Menezes

Nota: Nossa homenagem ao Dia da Poesia.

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 14/03/2012
Reeditado em 14/03/2012
Código do texto: T3553290