Sobrevivente Constante
Acordo...
Com o sol do destino
Batendo em meu rosto
E com o frêmito das águas
Das calmarias de minhas emoções
Vibrando tristemente
No casco do bote salva-vidas
Da minha insistência em viver.
Faz tanto tempo que o barco
Dos meus sonhos naufragou...
Sinto fome de desejos...
Tenho sede de querências...
Necessito de águas de esperanças...
O que fazer?
Refresco minha face incoerente
Na liquidês marítima
De minhas ilusões.
Olho o horizonte perdido
Do meu futuro.
Agarro os remos
De minhas espectativas
E reinicio as remadas
Do meu objetivo errante.
E assim vou navegando...
Sobrevivente constante,
Buscando na fragilidade,
Um coração...
Do meu peito,
Tão distante.