O FOCO

Adentrei meu quarto

No universo o qual eu tenho total domino

O EU

Me joguei na cama

Colocando a cabeça sobre o travesseiro

Olhando para o teto

Pensei na vida

Nas saídas

Estradas

E largas avenidas

Ofertadas pelo mundo

De coisas desconhecidas

Concentrei-me no presente

Focando nos meus sonhos

Arquitetando

O plano A, B, C, D e E

Poderia ser o alfabeto inteiro. Pensei!

As 26 letras arranjadas

E suas infinitas combinações

Dentro ou fora da lei

Que dizem que regem todas as coisas

A verdade eu não sei

Não estou mais só

Respirei fundo

Visionando a imensidão

Existem alguém para partilhar comigo

Tudo aquilo que for ou não escrito

Indaguei

Qual a graça das retas?

Tudo bem que nelas posso estourar o velocimetro

O risco porem sempre será o minimo

Nas curvaturas

Aclives

Declives

Em cada redução

Acelaração

Nasce o prazer

Assim como a vida

Que surge como desafio

Para quem quer realmente viver

O desejo sem objetivo e ação

É um objeto inanimado

Frio, pobre, estagnado

Triste, aprisionado

No universo dos sonhos encasulados

Hoje estou cansando, de tanto transpirar

Estou porem feliz por não me escravizar

Não me vendi como uma meretriz para o sucesso alcançar

Faço o que sempre quis, o sonho estou a realizar

O sono está me pegando. Pensei! Sentindo o meu corpo relaxar.

Mesmo fechando os olhos

Vou manter o foco

Sei onde quero chegar

E é lá que vou estar

Leonardo Moura
Enviado por Leonardo Moura em 22/03/2012
Reeditado em 13/05/2012
Código do texto: T3569019
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