O FOCO
Adentrei meu quarto
No universo o qual eu tenho total domino
O EU
Me joguei na cama
Colocando a cabeça sobre o travesseiro
Olhando para o teto
Pensei na vida
Nas saídas
Estradas
E largas avenidas
Ofertadas pelo mundo
De coisas desconhecidas
Concentrei-me no presente
Focando nos meus sonhos
Arquitetando
O plano A, B, C, D e E
Poderia ser o alfabeto inteiro. Pensei!
As 26 letras arranjadas
E suas infinitas combinações
Dentro ou fora da lei
Que dizem que regem todas as coisas
A verdade eu não sei
Não estou mais só
Respirei fundo
Visionando a imensidão
Existem alguém para partilhar comigo
Tudo aquilo que for ou não escrito
Indaguei
Qual a graça das retas?
Tudo bem que nelas posso estourar o velocimetro
O risco porem sempre será o minimo
Nas curvaturas
Aclives
Declives
Em cada redução
Acelaração
Nasce o prazer
Assim como a vida
Que surge como desafio
Para quem quer realmente viver
O desejo sem objetivo e ação
É um objeto inanimado
Frio, pobre, estagnado
Triste, aprisionado
No universo dos sonhos encasulados
Hoje estou cansando, de tanto transpirar
Estou porem feliz por não me escravizar
Não me vendi como uma meretriz para o sucesso alcançar
Faço o que sempre quis, o sonho estou a realizar
O sono está me pegando. Pensei! Sentindo o meu corpo relaxar.
Mesmo fechando os olhos
Vou manter o foco
Sei onde quero chegar
E é lá que vou estar