Fazendo Poesia

Põe no papel o que te vai na alma

e faz dele o teu confessionário,

pronto a te escutar, com toda a calma,

sem depender de dia ou de horário.

Põe no papel o que te faz contente,

para que o riso fique registrado

e possa, quando mais não for presente

ser num pedaço de papel lembrado.

Põe no papel as dores que te ferem,

e deixa que parte delas vire tinta,

até o dia em que não mais quiserem

que o teu coração ainda as sinta.

Põe no papel o que te der a vida

de bom, de triste, dor ou esperança,

para que quando a quiseres revivida

ela ainda esteja onde a vista alcança.

Amaury Nicolini
Enviado por Amaury Nicolini em 30/03/2012
Código do texto: T3584192