Indiferença e Dor

Falta-me o chão

O ar é venenoso

O coração é leigo e teimoso

Assim sou

Assim estou

Mergulhado em um ninho de cobras

Exilado no mundo das memórias

Pois apenas lá sobrevivo

Diante da realidade inexisto...

A dor grita soletrando meu nome

A solidão ri me abraçando infame

Meus olhos vão se fechando para teu mal

Teu doce amor infernal

Recheado de falsas promessas e conceitos

De um carinho cheio de segredos

Onde aquilo que tanto amei

Hoje descubro ser apenas a caixa de pandora

Simples e livre reação que me ignora...

Para todo o sempre era brincadeira

Da mesma forma que tudo que me disse

Outrora esqueceste

Pena que não viu o quanto te amo

O quanto te adoro

Não lembrou que quando estava sozinha

Apenas a mim recorreu

Somente eu te consolei

Nas lagrimas e dores

Fui o único que te abracei

Então vá e andas com estes que chama de “amigos”

Porque me cansei de ser o seu palhaço

Fica com Deus, pois é só ele que cuida de você desta vez

Fria e mundana insensatez...

O sangue escorre como água da chuva em meu rosto

Descendo dos olhos a boca

Salgado é meu pranto vermelho vinho

O único que derramo no silêncio

Onde a noite me esconde

O vazio me consome

Deixando uma casca seca sem vida

Chateada e esquecida

Que aos poucos vai se entregando a indiferença

Tão dolorida é a tua presença.

“Sonho com um mundo que todos serão tratados da mesma forma que o fazem, sem medo nem maldade, dor ou inverdade.”

Jony Mex
Enviado por Jony Mex em 01/04/2012
Reeditado em 23/01/2017
Código do texto: T3588891
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