A EXECUTIVA
A EXECUTIVA
Estava em uma encruzilhada
Escolher entre amar e ser amada
Ou optar pela realização profissional
Fazendo do mundo seu quintal
Essa indecisão a corroía
Não sabia se desistia
De um projeto desafiador
Para se entregar ao amor
E os dias correndo
Sem que a decisão saísse
Quem sabe se partisse
Decidisse não ficar corroendo
Pensava em si egoisticamente
Era escrava de sua mente
Não pensava no parceiro
Que propusera ser seu companheiro
Acabou ficando com a profissão
Não tendo nenhum amor profundo
Apenas passando de mão em mão
Pelo seu quintal, o mundo
Até hoje se questiona e pergunta
Se foi a melhor decisão tomada
A todos que assunta
Preferem não dizer nada
Vai morrer com essa incerteza
Sem conhecer do amor a beleza
Sem desfrutar da paixão
Sem fruto e sem razão
Em compensação é uma executiva
Vitoriosa e sempre ativa
Que conhece o mundo como ninguém
E que não precisa de alguém
Mas a dúvida permanece
Fez a melhor opção
A vida fenece
E a resposta nunca aparece
Nunca saberá
Agora não há volta
Nem tampouco revolta
Apenas o passar do tempo dirá