A EXECUTIVA

A EXECUTIVA

Estava em uma encruzilhada

Escolher entre amar e ser amada

Ou optar pela realização profissional

Fazendo do mundo seu quintal

Essa indecisão a corroía

Não sabia se desistia

De um projeto desafiador

Para se entregar ao amor

E os dias correndo

Sem que a decisão saísse

Quem sabe se partisse

Decidisse não ficar corroendo

Pensava em si egoisticamente

Era escrava de sua mente

Não pensava no parceiro

Que propusera ser seu companheiro

Acabou ficando com a profissão

Não tendo nenhum amor profundo

Apenas passando de mão em mão

Pelo seu quintal, o mundo

Até hoje se questiona e pergunta

Se foi a melhor decisão tomada

A todos que assunta

Preferem não dizer nada

Vai morrer com essa incerteza

Sem conhecer do amor a beleza

Sem desfrutar da paixão

Sem fruto e sem razão

Em compensação é uma executiva

Vitoriosa e sempre ativa

Que conhece o mundo como ninguém

E que não precisa de alguém

Mas a dúvida permanece

Fez a melhor opção

A vida fenece

E a resposta nunca aparece

Nunca saberá

Agora não há volta

Nem tampouco revolta

Apenas o passar do tempo dirá

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 06/04/2012
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