Anônima.

Anônima.

Delasnieve Daspet

Em tom confessional.

Com olhos semicerrados.

Palavras sussurradas.

Com mutações faciais.

Com mãos que falam,

Revelo o desalento

Sem histeria,

Sem gritaria,

No silêncio d'alma.

Por tanto tempo vivi em silêncio.

Numa inquietante criação poética,

Que eloqüente fala por mim.

Durante todos estes anos

Fui palco de mim.

Apresentei-me em solo

Com a responsabilidade de

- Na imensidão que me cerca -

Dar dimensão a minha história

Anônima.

30-10-02-Campo Grande MS

Delasnieve Daspet
Enviado por Delasnieve Daspet em 27/01/2007
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