@CHÃO DE TEMPO - Eis Tudo.

E de fato o novo se fez,

uma porteira aberta,

filhos plantados,

árvores floridas.

A vida caminha seus obstáculos,

palavras são habitações,

risos são afluentes,

alimentam o rio.

Nas pedras polidas, diamantes,

memórias, devaneios,

verdades, culpas,

inquietações.

Os círculos de fogo consomem o sol,

ideias, horas,

o tempo das almas é redemoinho,

vincos em rostos.

Vigiamos regras,

despertamos emoções.

Clandestina é a rua

onde confiamos novos passos.

Abolimos algemas,

colecionamos fragmentos,

tutelamos, pousamos,

colhemos.

Eis tudo.