O grito dos Aflitos

Há dias que nada faz sentindo, que parece que você

esta num abismo ao desperta para outros silenciados

que sussurram no seu olhar.

O grito que ecoa dentro de ti então faz-se

Profundo, mas quem a de escutar?

É o silêncio, é o vazio, é o grito dos Aflitos que

devoram-te, devoram a si mesmo na escuridão dos

gritos de exultação, aplausos e falsas adorações.

Soooooooooocooooooorroooooooooooooooo .....

Quem me escuta? Onde estou? Nesse mundo que ninguém

ver ninguém, não são faces, não é poder, são sons

que de dentro me despedaçam.

Por que não entende, não compreende, por quê?

Há anos ... Há dias... Há horas ... O tempo faz-se inimigo

número primeiro. O primeiro da agonia que agoniza risos de

nossa queda, vertigem, fingida ascensão.

É tempo de fugir de apagar as luzes que reluzem na luz

da lucidez, na solidão das multidões. É tempo, é hora, é dia

de deixar de fingir e cair no fundo de nossas verdades.

é momento de enxergar...

Tire a mascara, o véu. Tire do rosto o pó, a maquiagem que lhe

cobre. É um segundo, que no segundo desse instante fez

chegar a hora de ver, sentir, escutar os gritos de sua miséria

que te chamam, te flertam nos olhos da escuridão...

Olhe-as de frente, erga-se, caia, sucumba ao seu eu ...

Mas saia da lama, grite-se, grite ... Devore-se, mas

não seja devorado pelas criaturas que te cercam...

Elas precisam te escutar, mas você não precisa afundar-se.

Não precisa ser igual a elas. Que fingem não escutar.

Todavia, na decadência humana ainda vejo um ser resplandecer...

Exalta-se uma flor que fura, que sobe sobre a escuridão.

São sons, são vozes, tons e cores. Seu nome é escutado, é

alguém que ouve no meio de tantos gritos, a alma que ali

está no silêncio buscando uma pedaço de chão para que se

possa concretizar o som que vem do coração, sem

hipocrisias, mentiras, mascaras nem faltas ilusões...

O Grito dos Aflitos que hoje escutam miséria e devastação

Poderá um dia ser ouvida pelo som do resplandecer que

à de surgir em meio de tanto silêncio de acomodação, frieza

e pacificação.

Arthur Luz
Enviado por Arthur Luz em 07/05/2012
Reeditado em 02/06/2012
Código do texto: T3655254
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