Oscilação

No pêndulo na parede da sala
Nas horas que descem sem retorno
Nas horas que sobem em mistério
Na dúvida, não angústia ou solidão
Nesta soma de anos que é minha tarefa
Olhar o pêndulo em seu vai e vem
Marcando ciclos que nascem e findam
Crer que a linha do tempo é reta, não se curva
É sapiente, sua navegação não tem leme
Não tem rota, nem porto para repouso
É apenas uma energia ininterrupta
Como o silêncio da noite entre as brumas
Interrompido apenas pelo tic-tac
Que registra a espera e a eterna busca
De um tempo que aqui não está.

verita
Enviado por verita em 28/05/2012
Código do texto: T3691775
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