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Outra manhã de primavera
Estou aqui nesta triste favela.
Minha alcoólatra e banguela
Coitada vive por ai bebendo...
Com as roupas em remendo
E fico sozinho aqui e peço um pão
Pra não roubar, a fome aperta não da.
Por que meu DEUS será!
Não saio desta triste ilusão?
Minha vida é chorar senhor:
Será que sou tão vil pecador?
Não sei da época que comi...
Uma refeição digna. acho que nunca vi
Amigos não há nenhum comigo
Só quando passo no abrigo.
Vejo um retrato teu triste. Cristo.
Sofro muito mais que qualquer bicho.
Se podes me ajudar, agradeço-te.
Mas por favor, não pense só em mim.
Há milhões ou bilhões de crianças assim.