POBRE MADRUGADA

POBRE MADRUGADA

Saio de casa ainda madrugada

Frio cortante na calçada

Indigentes dormem sob marquises

São da civilização cicatrizes

Espetáculo degradante

Afetam o dia do passante

Mundo moderno, arrotando tecnologia

Gente jogada, quem diria

Protegidos por farrapos

Não passam de trapos

A nos envergonhar de viver

Num mundo de não sofrer

Quem sabe um dia nos redimamos

De discutir banalidades e futilidades

E priorizemos as sustentabilidades

Que necessitados, necessitamos

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 13/06/2012
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