EU NÃO CONSIGO, EU SABIA

Ao ar que me invade sem permissão

A tudo que vejo como por obrigação

A estúpida disputa pelo espaço

Digo que faço se quiser, e se quiser eu faço

Ao uso pervertido da inteligencia

Ao desprezo do que um dia foi consciência

A mesquinharia por apenas mais um pedaço

Digo que faço se quiser, e se quiser eu faço

A insensatez comum, suscetível a todos nós

A sórdida voluntária busca para ser algo mais

A incapacidade de aceitar ser derrotado

A ignorância proposital quando lhe convém

Digo que o que já fiz antes eu farei logo após

Digo que penso com certeza que tudo se resume em paz

Digo que errei sem dizer que erro é aprendizado

Digo que sou um universo e o desconhecido também

E assim como eu repúdio toda minha imbecilidade

Eu te aponto que usa a mentira como verdade

E afirmo que está andando sem medir teu passo

Digo que faço se quiser, e se quiser eu faço