Dor

Feridas que saram lentas e com intensa dor implacavelmente me punem. Dor que a ninguém posso a causa imputar. Ah! Na realidade me engano! Há de fato um responsável: EU! Este eu que chora de dor. Geme com a culpa da dor.

Lamenta cada momento doloroso com postura tosca de auto-piedade. Este eu é vítima e algoz. Culpado e inocente pelas feridas profundas de dor. O maior inimigo que ataca impiedoso a si mesmo.

Bem sei que esta dor vai passar! Muito da lamúria vai cessar! Mas como doem estas malditas feridas e temo que nem o tempo cure de modo eficiente estas incômodas feridas.

Ah! Dor maldita! E pensar em como incauto que sou, fui de fato o seu principal cuasador. Meu castigo é sofrer com a dor amarga e o desânimo destruidor. Se algo de bom ainda resta, espero que venha, antes que a escuridão se faça única e cegue alma e mente agora tão conturbadas, causando a morte final deste tolo suicida, que sofre tanto com a dor.

rogerio seixas
Enviado por rogerio seixas em 03/07/2012
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