Concorde
Na terra de onde vim me ensinaram a ser assim
Não posso escrever em ti o que não quero que leiam em mim
Se não sou capaz de te fazer sorrir
Vou embora triste, pois, não o fiz feliz.
O meu vício é querer bem
É trazer ao meu regalo
É construir o nós
E costurar retalhos
Na vida tem muitos tiranos
Já tem a cota completa de mal feitores
Trataram de desfazer os sonhos
Disseminaram terrores
Há muitos que vivem só por viver
Pois não encontram forças para reagir
E quando o fazem desfazem o que podem construir
E voltam para o lamento dizendo que não adianta tentar
Carinho é o que todos querem
Amor é o que faz cantar
Gente carente é uma ameaça
Ou vende-se ou brigam de graça
Precisamos amar antes de pensar em gerar
Sem amor a raça humana se autodestruirá
Somos seres frágeis que adoece sem amor
Vira um zumbi de mágoas e perde-se em qualquer dissabor.
Por isso de onde venho todos sabem
O que nos salva é o amor
Amor é o acorde, o Concorde
Que carrega a paz.
Todos que querem assim viver
Basta saber se doar
Precisa saber ouvir
Saber muito mais ouvir e muito menos falar.